“Dizem que o Japão foi feito por uma espada. Dizem que os velhos deuses colocaram uma lamina de coral no oceano, e quando eles a puxaram de volta, quatro gotas perfeitas caíram de volta no mar, e aquelas gotas tornaram-se as ilhas do Japão.”
O Último Samurai
Sempre que eu assisto O Último Samurai, fico pensando em quão verídico ou profundo é a frase e se tem alguma coisa da Mitologia Japonesa. Claro que tem um pouco de diferença entre a História e a frase do filme, mas até que a discrepância não é muito grande, então vamos lá.
Izanagi e Izanami descem ao Yomitsu Kumi (Terra Sombria), a mando dos deuses primordiais, pois a Terra era uma massa uniforme e maciça que estava em evolução, assim eles receberam a Ameno-Nuboko (A Lança Sagrada) que era coberta por pedras preciosas. Parados em uma ponte flutuante, colocaram a lança na água, agitaram-na, e puxaram de volta, e quando a lança foi puxada as gotas que caíam de volta para a água coagularam, formando a primeira terra firme, a ilha Onogoro-Shima (Espontaneamente coagulada)
Assim, decidem descer até a nova ilha, para se casarem e acasalarem, pois dessa forma trariam novas gerações e terras. Para casarem, criaram uma cerimônia para comemorar, também criaram uma coluna sagrada, e contornaram-na, indo Izanagi pela direita e Izanami pela esquerda. Durante a cerimonia Izanami falou primeiro, “Que prazer encontrar tão formosa e jovem terra”, elogiando a beleza do companheiro, Izanagi respondeu: “Que prazer encontrar tão linda criação”. Tiveram dois filhos, Hiruko e Awashima, mas eram imperfeitos e não eram considerados deuses, o casal questionou os deuses primordiais sobre o fato, e descobriram que isso ocorreu pelo fato de Izanami ter falado antes de seu marido durante, a cerimonia de casamento, colocaram as duas crianças em um barco, este que foi arrastado pela correnteza de Onogoro-Shima, e casaram-se novamente.
Desta união nasceram o Ohoyashima, ou as oito principais ilhas do Japão, criaram muitos deuses e deusas para representar as montanhas, vales, cachoeiras, rios, ventos, e outros recursos nativos do Japão.
Irei parando por aqui, mas deixarei uma curiosidade: no Japão antigo a mulher nunca deveria falar antes do homem.
E continuarei escrevendo sobre os deuses nipponicos.
E continuarei escrevendo sobre os deuses nipponicos.
Até a próxima!
#FeraDavanzo
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